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sábado, 31 de outubro de 2015

A Volta ao Mundo

A pequena Borboleta Maria
tinha um sonho profundo,
ela sonhava poder um dia
ir dar a volta ao mundo.

Certo dia de manhã,
ela disse:  Hoje vou abalar.
Saiu do buraco da maçã
e preparou-se para viajar.

Com uma grande bagagem
lá iniciou a longa jornada
procurou uma carruagem
para poder ir sentada.

De comboio lá foi ela
com uma alegria tamanha
viajava sentada á janela
em direcção a Espanha.

Foi a Madrid e Pamplona
ver jardins de encantar
e só parou em Barcelona
na Sagrada Família a rezar.

A etapa seguinte onde será?
Pensava ela com esperança,
passando Pirenéus para lá,
daqui a nada estou em França

E lá foi ela para terras Gaulesas
desfrutando a viajem muito feliz
viu palácios com muitas riquezas
viajou de TGV até Paris.

Em Paris subiu a Torre Eiffel
apreciou a vista sobre a cidade.
Cidade luz pintada a pincel
capital do Amor e da liberdade.

A Borboleta Maria já cansada
ainda tinha muito para ver
ao Louvre fez uma visita guiada
no Arco do Triunfo foi adormecer

Rumo a Inglaterra pelo canal
vai a voar a Borboleta Maria
a caminho do Palácio Real
chega a Londres com alegria.

London Bridge a bela ponte
o BigBen a marcar a hora,
o palácio real no horizonte,
a guarda real vou ver agora.

A Borboleta tem um problema.
Como vai o Atlântico atravessar?
De barco como artista de cinema
de avião viajando a voar.

E lá se fez a Maria ao mar
abalou num barco à vela,                          
procurou onde descansar,
pousou numa flor amarela.

Borboleta Maria vai contente
rumo à América, o novo mundo,
vai na direcção do sol poente,
não se desvia por um segundo.

Estátua da Liberdade à vista
Nova York em pano de fundo
bate as asas vai à conquista,
a cidade parece um Mundo.

A Borboleta prefere o campo,
com as belas flores coloridas,
na cidade fica a um canto
vendo as largas avenidas.

É tempo de seguir para oeste
por planícies cheias de prado
o clima quente é agreste
nos desertos do Colorado.

Las Vegas, cidade que não dorme.
Queria ir a casino jogar roleta,
mas tem um problema enorme,
pois afinal é uma borboleta.

Oceano Pacifico, que bonito
em Los Angeles vai à praia
passa apressado um mosquito
disfarçado de Abelha Maia.

Mais uma viagem pelo mar
para a terra do Sol nascente
ao Japão foi para apreciar
a cultura do Oriente.

Para a china vou eu agora,
pensou a Borboleta cansada.
Vou a Pequim e Xangai.
Lá foi ela, toda animada.

Entrou na cidade proibida,
ela viu a Grande Muralha
que Borboleta atrevida
escondida entre a palha.

A borboleta Maria parou,
queria voltar a descansar,
quando ganhou forças voou.
Onde será que foi parar?

Ao tecto do mundo vou.
E começou ela a voar
no Tibete, o frio apertou,
mal conseguia respirar.

E agora para aquecer                  
vou continuar a viajem
com sorte ao entardecer
encontro outra paragem.

A Borboleta foi ao Egipto
até às margens do Nilo.
Eu não sei se acredito,
viu na pirâmide um grilo.

Lá foi ela para o deserto   
de camelo apanhou boleia
naquela hora de aperto
só via pela frente areia.

Na quente savana Africana  
encontrou muitos animais
viajou numa carripana
atravessou Selvas colossais.                                    

A nossa Borboleta Maria,
já cansada da viagem
bebeu um pouco de água fria
descansou numa estalagem

A viajem era muito boa,
mas já lhe doía uma asa
fez uma passagem por Lisboa
e depois rumou para casa.

Que longa jornada esta,            
a volta ao nosso mundo,
precisava fazer uma sesta,
dormir um sono profundo.                                     

A borboleta estava feliz
por conhecer novos lugares
ela fez na vida o que quis
foi respirar novos ares.

Na vida devemos lutar
tentar sempre ser felizes
e o sonhos concretizar
sem esquecer as raízes.

José Couto

sábado, 10 de outubro de 2015

Junto ao Ave plantada

Corre a água debaixo da ponte
junto há cidade passa serena
visto o rio do cimo do monte
parece uma levada pequena.

Esta paisagem a verde pintada
deslumbrante quadro sem artista
A cidade junto ao Ave plantada
perece uma estrela de revista.

Subindo o monte da Assunção
a cidade vai ficando para trás
lá no cimo sente-se a emoção
uma vista que transmite paz.

Cidade antiga, bela e serena
de gente boa e trabalhadora
terra calma, bela e  pequena
sempre alegre e acolhedora.

José Couto