Liberdade utópica

Será que somos livres de verdade?

Ou será que estamos encarcerados?

Será que fazemos a nossa vontade?

Ou será que estamos todos errados?

Livres são os pássaros que voam,

não tendo no céu qualquer limite

e os animais que a selva povoam

não tendo alguém que lhes grite.

Livre é quem vive com felicidade

e tem pela liberdade alheia respeito

livre é ter lugar numa sociedade

que não é regida com preconceito

É uma grande utopia, a liberdade,

que de forma plena ninguém a tem.

Quem disser que é livre de verdade

vive feliz e enganado, como convém.

José Couto

Vem meu amor

Vem meu amor, vem ter comigo
a este é o nosso refugio de amor
eu quero ser um porto de abrigo
quero aliviar do peito a tua dor.

Vem meu amor, eu estou aqui
para todo o sempre serei só teu
és a melhor coisa que eu conheci
abençoada flor que Deus me deu.

Vem meu amor, estou apaixonado
não há palavras para este meu amor
sei que estarás sempre ao meu lado
estarei sempre contigo seja onde for.

Vem meu amor, razão da minha vida
só tu enches o meu coração de alegria
pelas nossas duas filhas, minha querida
agradeço-te de coração amada Sofia.

José Couto

Labirinto urbano

Não, por aqui não posso ir
não sei onde esta rua vai dar
em frente é  que vou seguir
que aqui não posso ficar.

Ruas e ruelas entrelaçadas
formam uma teia na cidade
todas devidamente cruzadas
são um labirinto de verdade.

Jardins de betão fabricados.
um labirinto urbano a crescer
os habitantes vivem enlatados
num mudo que passa a correr.

Já nem o céu se consegue ver
no meio dos prédios apertados
já nem a luz do luar se pode ter
vivemos quase enclausurados.

José Couto